segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tarefas que eu jah fiiiz...

1-  Entrevista. Ok.
 2-  Tarde na APAE. Ok.
3- 10  Fichamentos Ok.
4- Não fiz ...
5- Painel com a divulgação do meu Blog. Ok.
6- Legendar video. Ok.
7- Molécula de DNA. Ok.
8- Marca página. Ok.
9- Divulgação do Trabalho dos colegas. Ok.
10- Pessoas que me divulgaram. Ok.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Desafio do Órgão ...
Deu muiito trabalho maais eu fiiz...


DESAFIO DO ÓRGÃO.

Faculdade Leão Sampaio

Professor Flávio Furtado de Farias

Fabiana Vieira da Freitas.

Odontologia- Tarde 201.1



Juazeiro do Norte
2011
Nome do órgão: Audino
Função: Glândula que auxilia o estado torpe do sono (induz o sono).

Anatomia
Audino é uma glândula endócrina, que auxilia o estado torpe do sono. Ela libera corticóides (dopamina e serotonina) que interferem no estado ativo da hipófise, induzindo o indivíduo ao estado torpe. Localiza-se na região etmóide frontal, entre o cérebro e o crânio, atrás do seio frontal. Tem cerca de 0,5 cm e a forma de um grão de feijão.  É irrigada a partir das artérias supra-orbitais e supratocleares e drenam diretamente para as veias jugulares e inerva nos nervos faciais e oculomotores.


Histologia
O Audino é uma glândula que possui córtex composto por fibras nervosas desmielinizadas, sendo coberto por uma camada composta de células cromófilas e cromófobas, derivadas do parênquima nervoso. Essa glândula é constituída por células somatotróficas e corticotróficas, entretanto, não produzem MEC (Matriz Extra Celular). É rica em colágeno e não é revestida internamente.



Embriologia
O Audino é formado a partir da quarta semana de gestação, gerado do folheto embrionário ectodérmico. Na eventual formação do mesmo, são inseridas enzimas catalizadoras que iniciarão o processo de síntese de corticoides neurais, enviando-os para à sela túrcica, na base do cérebro. Não necessita de agentes externos (como aminoácidos ou vitaminas) para a sua formação e desenvolvimento. Na formação do tubo neural, algumas células diferenciadas se aglomeram se formando uma evaginação, que dará origem ao tecido do córtex do órgão em questão.



Bioquímica
O Audino sintetiza dopamina, entre outros corticoides, para diminuir a atividade da hipófise, induzindo o indivíduo ao sono. Após esse processo, sintetiza também serotonina, para fazer a hipófise voltar a funcionar plenamente, mas sem a tensão inicial da mesma. Nesse processo, o audino libera neurotransmissores que inibem a ação de endorfinas que atrapalhariam o processo do órgão.



Genética
O Audino só possui um gene que indica a presença e funcionamento do mesmo. Na análise das populações não foi detectada a ausência ou atrofia desse órgão, ou alguma característica que possa impedir o funcionamento dele. Não foi detectada nenhuma alteração gênica que possa alterar o funcionamento desse órgão, e não foram detectados órgãos funcionais ou vestigiais em outros seres vivos.



Biofísica
Audino: O audino realiza transporte de substâncias através da membrana com gasto energético, contra a gradiente de concentração comum. Entretanto, realiza com uma frequência muito maior a bomba de sódio e potássio. Suas células são extremamente capazes de realizar potenciais de ação, pois se utilizam de neurotransmissores para fazê-lo.. Há também a presença de potenciais elétricos, e a varia ação da pressão interna desse órgão.
Pessoas que me Divulgaram .(até que em fim terminei)

1- Mário Malzone.
http://mariomalzoni.blogspot.com/2011/06/divulgacao-dos-trabalhos.html
2- João Ricardo.
http://ricardoserrita.blogspot.com/2011/05/visite-tambem-meus-colegas.html
3- Junior Sá.
http://jrr-sa.blogspot.com/2011/06/visitem-tambem.html
4-Thaylan Geraldo.
http://tgbezerra.blogspot.com/2011/05/visite-tambem-o-trabalho-de-meus.html

domingo, 5 de junho de 2011

Décimo Fichamento (graças a deus terminei)

 Polimorfismo genético associado à doença periodontal na população brasileira: revisão de literatura
Luciana Satie HOÇOYAa, Maria Aparecida Neves JARDINIb

 Rev Odontol UNESP, Araraquara. set./out., 2010; 39(5): 305-310.

Em 1965, Löe et al.1 comprovaram a importância da placa bacteriana para o início da instalação e para a progressão da doença periodontal. A doença periodontal destrutiva atinge uma percentagem considerável de indivíduos em várias populações, sendo a forma crônica da doença a mais prevalente. Como se sabe, por ser multifatorial, só a presença dos microrganismos não é suficiente para desenvolver o problema. Fatores de risco e ambientais somados à resposta do hospedeiro estão diretamente ligados à susceptibilidade individual e ao desenvolvimento da doença2. Entretanto, em um consenso recente, a Federação Europeia de Periodontia concluiu que ainda não existem dados suficientes para determinar se um fator, responsável pelo início da doença, difere de outro relacionado à sua progressão. A distinção de variáveis de risco e de progressão é desejável, pois as estratégias de prevenção delineadas para prevenir o risco da periodontite podem ser diferentes daquelas desenvolvidas para prevenir a sua progressão3. Com o intuito de melhorar o entendimento da doença, fatores genéticos têm sido largamente estudados nas diversas populações3,4.”(p.306)

“O polimorfismo genético é a variação genética na sequência de alelos, na sequência de bases nucleotídicas ou na estrutura cromossômica, que ocorre com uma frequência maior que 1% na população7. O tipo de polimorfismo em evidência na literatura é o de base única, conhecido como Polimorfismo de Nucleotídeo Único (Single Nucleotide Polimorphism - SNP), que consiste em uma variação da identidade de um nucleotídeo singular num sítio particular do genoma8.”(p.306)

“A presença de um polimorfismo pode implicar em mudança no código genético, que é a relação entre a sequência de ácido desoxirribonucleico (DNA) e a sequência da proteína correspondente, levando a alterações no genótipo (sequência de bases), afetando ou não o fenótipo, que determinará a função proteica9. Ou seja, pode influenciar o nível de secreção de substâncias e variações nas respostas imunológica e inflamatória individuais frente a uma agressão bacteriana10.”(p.306)

“A IL-1A é uma interleucina que auxilia a entrada dos leucócitos nos tecidos, regula a matriz metaloproteinase e estimula osteoclastos13,14. O polimorfismo IL-1A (-889) com a mudança de base (C/T) aumenta a expressão da IL-1α. O objetivo do trabalho de Moreira et al.4, em 2007, foi avaliar a associação do polimorfismo no gene IL-1A (-889) e as diferentes formas clínicas da periodontite e sua severidade. Foram encontradas diferenças significantes na distribuição do genótipo quando comparados o grupo controle e doença periodontal crônica, tanto em pacientes não fumantes (p = 0.007), como em pacientes fumantes (p = 0.04). Não houve diferença estatística quando comparados o grupo da forma agressiva e o controle.”(p.306)

“Já a IL-4 tem função anti-inflamatória e importância na modulação das células B e supressão de macrófagos5,17. O aumento da frequência do alelo T18 no gene da IL-4 (-590) eleva níveis de imunoglobulina E (Ige). No Brasil, Scarel-Caminaga17 e Pontes et al.5 estudaram a IL-4 e ambos observaram que não foi encontrada diferença significante na frequência de alelo e genótipo, concluindo que polimorfismo no gene IL-4 (-590), independentemente da raça, não está associado com susceptibilidade à doença periodontal crônica.”(p.307)

“A IL-8 é a responsável pela migração e ativação dos neutrófilos, primeira linha de defesa contra bactérias periodontopatógenas. O seu polimorfismo pode acontecer na posiçao rs 4073 e, quando presente, o alelo A está associado ao aumento da produção de IL-8. Neste estudo realizado com pacientes brasileiros, não se encontrou associação entre SNP da IL-8 e a doença periodontal26.”(p.307)

“A IL-10 é uma citocina anti-inflamatória produzida por células T reguladoras 1, células T helper 2, macrófagos e células B. Age inibindo a síntese de citocinas pró-inflamatórias e estimulam a proliferação e a diferenciação das células B27. O polimorfismo desse marcador pode modular a expressão da IL-10, diminuindo sua ação anti-inflamatória, levando à pior resposta do sistema de defesa. Claudino et al.28 pesquisaram SNP IL-10 (-592 C/A) assim como Scarel-Caminaga et al.29, que fizeram a avaliação do SNP IL-10 nas posições -1087 (G/A), -819 (C/T) e -592 (C/A), e encontraram associações significantes com a periodontite crônica tanto nas posições -819 e -592, especialmente considerando mulheres separadamente. Alguns estudos iniciais mostraram que o SNP IL-10 (-819 e -592) estava associado ao estrógeno, fator que explicaria a maior incidência do marcador nas mulheres. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos para o SNP IL-10 (-1087). Os resultados obtidos confrontam com outros estudos, mas os autores explicaram a contradição de resultados pelas diferenças étnicas dos participantes dos estudos.”(p.307)

“Um estudo promovido por de Souza et al.34, em 2006, determinou a frequência de polimorfismo nos alelos e genótipos dos genes FcγRIIa e FcγRIIIb em pacientes com doença periodontal agressiva generalizada. Os receptores de imunoglobulina FcγR estão presentes em todos granulócitos, células apresentadoras de antígeno, plaquetas, células endoteliais e células T. Aumento da ligação com IgG2 resulta em uma resposta exacerbada pelos monócitos, neutrófilos, aumentando a resposta inflamatória e a destruição tecidual35. Os resultados obtidos no estudo mostraram que os alelos mais predominantes foram: FcγRIIa-H131 (53,8%) e FcγRIIIb-NA1 (75%); o genótipo FcγRIIIb-NA2/NA2 esteve mais presente em pacientes com periodontite agressiva e FcγRIIIb-NA1/NA1, predominante no controle; não houve diferença de genótipos entre os grupos do gene polimorfismo FcγRIIa. Conclui-se que, trabalhando em conjunto, FcγRIIa-H131 e FcγRIIIb-NA2 podem estar associados à doença periodontal agressiva.”(p.308)
Videos e Visitas da APAE dos meus colegas...

1- Kaelle Lima
 http://kaellylimaodonto.blogspot.com/2011/05/video-legendado.html">
2- Caio Raull
http://caioraull.blogspot.com/2011/05/blog-post.html#comments
3-Erlandia Thays
http://taisinhacabral.blogspot.com/2011/05/video-da-gincana-genetica.html
4-João Ricardo
http://ricardoserrita.blogspot.com/2011/05/visita-da-turma-de-odonto-apae.html
5-Marcelon
http://marcelonodonto.blogspot.com/2011_06_01_archive.html">
6- Filhote
http://filhotedefauchard.blogspot.com/2011/05/video-de-replicacao-de-dna.html
7- Pronto odonto
http://prontoodonto.blogspot.com/2011/05/visitando-apae.html
8-Fernanda Pinheiro
http://feernandapinheiro.blogspot.com/2011/05/blog-post.html
9-Marinente
http://marineteodonto.blogspot.com/2011/05/blog-post_1821.html?showComment=1307050292586#c7098170021107307153
10-Mario Malzone
http://mariomalzoni.blogspot.com/2011/06/meu-video-antes-tarde-do-que-nunca.html?showComment=1307400108802#c5243445612317761198
11-Thaylan Geraldo
http://tgbezerra.blogspot.com/2011/06/meu-video.html
12-Fanuel Bringel
http://fanuelbringel.blogspot.com/2011/05/blog-post.html.
13- Giulia Regis
http://fanuelbringel.blogspot.com/2011/05/blog-post.html
14- Junior Sá
http://jrr-sa.blogspot.com/2011/06/meu-video.html

15- Emmanuel Augusto .
http://www.youtube.com/watch?v=ZKGh5XvFR-s&feature=player_embedded
 
Nono Fichamento ...

 Influência de fatores genéticos na etiopatogênese da doença periodontal

 Kim YJ, Viana AC, Scarel-Caminaga RM. Influences of genetic factors in the etiopathogenesis of periodontal disease. Rev Odontol UNESP. 2007; 36(2): 175-180.

 Revista de Odontologia da UNESP. 2007; 36(2): 175-180

Está bem estabelecida que a DP crônica é uma doença infecciosa caracterizada por um processo inflamatório destrutivo que afeta os tecidos de suporte do dente. Clinica­mente, podem ser formadas bolsas periodontais, reabsorção do osso alveolar e eventual perda do elemento dental4. Histologicamente é caracterizada por acúmulo de células inflamatórias na porção extravascular do tecido conjuntivo gengival5. Além disso, numerosas espécies bacterianas têm sido isoladas da placa subgengival, sendo algumas estrei­tamente relacionadas ao início e à progressão da doença6. Devido à maioria das bactérias periodontopatogênicas residirem nas bolsas periodontais, o sistema imune tem dificuldade em eliminar esses microrganismos. Ocorre recrutamento de leucócitos e subseqüente liberação de me­diadores inflamatórios, resultando em inflamação crônica e destruição do tecido7.” (p.176)

“Além da infecção por periodontopatógenos e da res­posta do hospedeiro, o caráter multifatorial da DP sofre influência de fatores de risco como fumo11 e diabetes12, além de indicadores de risco como stress psicossocial13 e osteoporose14. Nas doenças de caráter multifatorial, é muito difícil quantificar qual a influência de fatores ambientais e fatores genéticos.”(p.176)

“A participação da genética na etiologia da DP é indicada por: 1) resultados de estudos com gêmeos; 2) agregação familiar observada na periodontite agressiva; 3) síndromes onde a periodontite é uma característica clínica importante15. Tem se observado grande interesse da comunidade científica internacional sobre o papel que os fatores genéticos podem desempenhar na DP e como os resultados seriam aplicados no prognóstico da doença. Portanto, foi realizada uma re­visão bibliográfica com o objetivo de apresentar de forma sucinta alguns dos trabalhos mais relevantes na área.”(p.176)

“A influência que fatores genéticos individuais teriam sobre a presença intrabucal de A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis, Prevotella intermedia, Eikenella corrodens e Fusobacterium nucleatum foi avaliada em um estudo re­alizado com 169 gêmeos com periodontite agressiva. Em gêmeos criados separadamente (21 MZ e 17 DZ) e gêmeos criados no mesmo ambiente familiar (83 MZ e 48 DZ), a prevalência bacteriana nos indivíduos foi de 11% para P. gingivalis, 22% para A. actinomycetemcomitans, 19% para P. intermedia, 0,34% para E. corrodens e 40% para F. nucleatum. Para todas as espécies bacterianas avaliadas, as taxas de concordância não foram significativamente diferentes entre gêmeos MZ e DZ, apesar de haver simila­ridades entre os hábitos desses indivíduos. Além disso, os gêmeos MZ criados juntos não apresentaram similaridade maior à encontrada para os gêmeos MZ criados separa­damente19.” (p.176/177)

“A periodontite crônica também se concentra em famílias, como é sugerido em um estudo que analisou 24 famílias holandesas, nas quais, em cada uma, havia, pelo menos, uma pessoa afetada pela periodontite crônica: além do cônjuge, 1 a 3 filhos. Foi demonstrado que as crianças com menos de 5 anos de idade não foram afetadas pela periodontite. No grupo de 5 a 15 anos, 21% tinham pelo menos uma bolsa ≥5 mm associada à perda de inserção e, no grupo de 10 a 15 anos, esse valor correspondia a 45%20.”(p.177)

A periodontite crônica também se concentra em famílias, como é sugerido em um estudo que analisou 24 famílias holandesas, nas quais, em cada uma, havia, pelo menos, uma pessoa afetada pela periodontite crônica: além do cônjuge, 1 a 3 filhos. Foi demonstrado que as crianças com menos de 5 anos de idade não foram afetadas pela periodontite. No grupo de 5 a 15 anos, 21% tinham pelo menos uma bolsa ≥5 mm associada à perda de inserção e, no grupo de 10 a 15 anos, esse valor correspondia a 45%20.”(p.178)









Oitavo Fichamento ....
Pesquisas com células embrionárias e reprodução assistida.
Rui Alberto Ferriani
Professor Titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - USP - São
Paulo (SP) - Brasil.. Recebido em: 18/11/2005 Aceito com modificações em: 25/11/2005.

O uso terapêutico das células embrionárias é tecnologia nova com grande potencial médico,
particularmente na área de medicina de transplantes. Envolve a transferência do núcleo de uma
célula adulta do paciente para um oócito doador enucleado com o propósito de gerar um embrião.
Esse cresce até estádio de blastocisto, fase em que as células-tronco podem ser obtidas e diferenciadas
em tecidos adultos. Essas células podem também ser obtidas a partir de tecidos adultos. Embora
haja discussões técnicas sobre quais células seriam melhores para finalidades terapêuticas, a
grande discussão ainda se refere à origem das células1. Não há praticamente objeções quanto ao
uso das células adultas, mas há muitas objeções quanto ao uso dos embriões, sejam eles obtidos a
partir de embriões excedentes após técnicas de reprodução assistida, sejam eles especialmente
manufaturados com finalidades terapêuticas.”(p.639)

“As clínicas de reprodução assistida não têm discutido profundamente a questão ética do congelamento,
atendo-se mais a aspectos técnicos. O artigo de Donadio et al.5, nesse número da RBGO,
traz contribuições técnicas importantes a essa discussão, ao tentar classificar um embrião clinicamente
inviável para fins reprodutivos, mas não totalmente inviável para fins de pesquisa e de
aplicação em clonagem terapêutica. A casuística apresentada é considerável, e a seleção dos casos
analisados em que houve transferência de apenas um tipo de embrião permite conclusões sobre o
prognóstico de gravidez de acordo com critérios morfológicos de avaliação embrionária. O artigo
acrescenta informações que podem ajudar a decisão do casal em congelar embriões ou não, pois do
ponto de vista clínico, congelá-los com baixo escore morfológico apenas cria um problema, pois seu
potencial de sucesso é muito baixo, e essas informações precisam ser passadas a eles, para se
evitarem potenciais conflitos de se terem embriões congelados com prognóstico reprodutivo pobre.
Mas há ainda muitos pontos conflitantes em relação ao uso desses embriões de baixo prognóstico
reprodutivo.” (p.640)

“Donadio et al.5 ponderam que o número de embriões congelados disponíveis no mundo
não seria suficiente para gerar um significativo número de linhagens celulares, e advogam que o
uso de embriões a fresco poderia ajudar essa produção. De fato, após a promulgação da lei de
biossegurança, várias clínicas de reprodução foram abordadas por casais que desejavam doar seus
embriões mesmo que sem congelamento prévio. Do ponto de vista das clínicas, essa solução é
favorável, pois evita o congelamento e suas conseqüências. As decisões corretas, baseadas em
evidências, necessitam ainda de mais trabalhos que melhor definam o potencial dos embriões”(p.641)

“Os dados de Donadio et al.5 ajudam decisões éticas. Mais estudos que avaliem o potencial de
viabilidade de embriões humanos são necessários, para que se tenha cada vez mais conhecimento
da evolução dos embriões produzidos. Os casais podem e devem partilhar da decisão do destino
desses embriões. O potencial reprodutivo pode ser diferente do potencial de geração de célulastronco,
e qualquer idéia pré-concebida pode facilmente ser questionada à medida que novos dados
surjam, em velocidade crescente.”(p.641)
Sétimo Fichamento ...
Por detrás do último ato
da ciência-espetáculo:
as células-tronco embrionárias
DANTE MARCELLO CLARAMONTE GALLIAN.
ESTUDOS AVANÇADOS 19 (55), 2005

As células-tronco
As pesquisas com células-tronco adultas (não embrionárias) – extraídas
principalmente do sangue do cordão umbilical e da medula óssea – iniciaram-se
há mais de uma década, quando se descobriu que o caráter indiferenciado destas
potencializava uma grande margem de “manipulação” por parte do cientista,
que poderia, com meios técnicos adequados, transformá-las ou diferenciá-las
em células específicas, possibilitando assim a regeneração de tecidos e mesmo
órgãos.” (p.254)

“As experiências terapêuticas com células-tronco adultas em seres humanos
começaram a ser realizadas mais recentemente e, nos últimos anos, têm se divulESTUDOS
AVANÇADOS 19 (55), 2005 255
gado resultados alentadores em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil,
particularmente na regeneração de tecidos do coração, lesados por infarto.”(p.254/255)

“Unanimemente, os cientistas que pesquisam ou reivindicam a liberdade de
pesquisar com células-tronco embrionárias, reconhecem as “grandes dificuldades
técnicas” que têm se apresentado no processo de investigação3. Ao contrário
do que vem ocorrendo com as células-tronco adultas, as experiências com células-
tronco embrionárias não produziram nenhum êxito terapêutico reconhecido,
sequer em animais4. Pelo contrário, estudos importantes vêm demonstrando
que a utilização de células-tronco embrionárias em experimentos terapêuticos
têm causado tumores em animais, levando a crer que o mesmo deva ocorrer se
administrado em seres humanos5.”(p.255)

“Também em relação às células-tronco extraídas de embriões “produzidos”
por reprodução assistida e que se encontram congelados, o argumento de que
tais indivíduos seriam virtualmente incapazes de se desenvolverem, mas úteis do
ponto de vista terapêutico, não encontra sustentação adequada.”(p.256)

“Em relação à técnica da clonagem, sabe-se também que os insumos necessários
são extraordinariamente custosos e que muitos laboratórios e empresas
especializadas em produtos bioquímicos têm muito a lucrar com a abertura desta
nova linha de pesquisa.”(p.256)

Sexto fichamento ....
Doença celíaca em crianças e adolescentes
com síndrome de Down.
Renato M. Nisihara1, Lorete M. S. Kotze2, Shirley R. R. Utiyama3,
Nanci P. Oliveira4, Patrícia T. Fiedler4, Iara T. Messias-Reason3
J Pediatr (Rio J). 2005;81(5):373-6: Anticorpos anti-endomísio,
anticorpos anti-transglutaminase, doença celíaca, síndrome de Down.


A Síndrome de Down (SD) é a anomalia cromossômica
que se observa com maior freqüência na população em
geral. Afeta 1 a cada 800 recém-nascidos em todo o mundo
e é o principal fator genético no desenvolvimento de retardo
mental moderado1.”(p.373)

“A DC afeta indivíduos de todas as idades e caracterizase
por uma intolerância permanente ao glúten. Em sua
forma clássica, a DC se manifesta através de sintomas e
sinais de má absorção intestinal. A doença pode, no entanto,
ocorrer de uma forma silenciosa ou latente14. De acordo
com Marsh15, a mucosa duodenal pode estar normal ou
apresentar alterações que podem variar de atrofias leves a
graves na arquitetura da mucosa. O tratamento feito com
uma dieta isenta de glúten promove a recuperação clínica da
mucosa duodenal; caso a dieta seja interrompida os sintomas
da doença irão retornar14. A forma clássica da sintomatologia
da DC, com a presença de diarréia, vômitos perda de
peso aparece em poucos casos. A maioria dos pacientes
apresenta sintomas gastroenterológicos não específicos,
como dispepsia, dor abdominal, flatulência e alteração do
funcionamento intestinal. Essas características geralmente
causam atraso no diagnóstico da DC e levam a abordagem
incorreta doss pacientes14.” (p.374)

“Os anticorpos IgA anti-transglutaminase foram determinados
pela técnica de Enzyme Linked Immunosorbent
Assay (ELISA), utilizando-se o kit comercial da INOVA Inc.
(San Diego, CA, USA), conforme descrito por Dieterich et
al.18. Foram considerados positivos valores superiores a 20
unidades.” (p.374)

“Nos primeiros 2 anos de vida, a maioria dos pacientes
com DC apresenta sintomas clássicos e quando associados
com a SD esse diagnóstico quase sempre é postergado.
Certas características das crianças com SD, como abdômen
distendido, e a tendência a se considerar atraso no crescimento
como conseqüência natural da síndrome, podem ser
responsáveis pela dificuldade em se diagnosticar a DC
nesses pacientes. Vários autores consideram que a DC é
subestimada como causa dos sintomas de diarréia, desnutri
ção ou déficit de desenvolvimento em pacientes com
SD9,24.”(p.376)

“A importância da investigação para DC em pacientes
com SD tem sido mostrada em estudos recentes, que
recomendam a realização de exames a cada dois anos, já
que indivíduos jovens com resultados negativos podem ser
positivos alguns anos mais tarde9.”(p.376)
Quinto Fichamento ....

Aspectos genéticos e sociais da sexualidade em pessoas com síndrome de Down.
Lília MA Moreira e Fábio AF Gusmão
Laboratório de Genética Humana e Citogenética, Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, BA, Brasil.
Rev Bras Psiquiatr 2002;24(2):94-9

“A síndrome de Down (SD) é um distúrbio genético, descrito
inicialmente pelo médico inglês John Langdon Down em 1866.1
É condicionada pela presença de um cromossomo 21 adicional
nas células de seu portador2 e ocorre como trissomia livre
em cerca de 95% dos casos. Nesse distúrbio podem ser também
observadas outras formas de trissomia que podem ocorrer
em mosaicismo, com células normais, e outras com trissomia
21 em 1% a 2% dos portadores da síndrome, além de translocações
geralmente entre os cromossomos 14 e 21 em cerca de
3% a 4% dos casos.3 Na maioria das vezes, o distúrbio
cromossômico deve-se à mutação de novo, sem chances maiores
de recorrência na família.” (p.95)

O fato de nascerem crianças com trissomia 21 de mães jovens,
assim como a comprovação de erros na divisão celular de
origem paterna, mostram que a idade avançada não é o único
fator interveniente. Não obstante, Castilla et al4 ressaltam a importância
da idade materna avançada na origem da SD e observam
que, se as gravidezes fossem antecipadas em alguns anos,
30% dos casos da síndrome seriam evitados sem a utilização de
nenhuma tecnologia complexa e dispendiosa.” (p.95)

“A SD é caracterizada por um grau variável de atraso no desenvolvimento
mental e motor e está associada a sinais como
hipotonia muscular (90,9%), prega palmar transversa única
(59,0%), prega única no quinto dedo (18,1%), sulco entre o
halux e o segundo artelho (77,2%), excesso de pele no pescoço
(82%), fenda palpebral oblíqua (100%), face achatada (86,3%),
de acordo com estudo de revisão.5 Os valores em parênteses
referem-se à freqüência dos sinais entre os portadores da
síndrome. Para a manifestação dos sinais clínicos críticos na
SD, é necessário que ocorra a trissomia da banda cromossômica
21q22, correspondente a 1/3 do cromossomo 21” (p.95)

“Estudos recentes com modelos animais realizados por Smith
et al9 revelam que material gênico adicional na região 21q22.2
implica déficit neurológico. Moreira et al10 observam que, entre
os produtos gênicos conhecidos nessa região cromossômica,
a APP (proteína precursora amilóide) foi decisivamente relacionada
à SD, estando associada ao déficit na adesão celular, na
neurotoxidade e no crescimento celular, com implicações na
formação do sistema nervoso central. O seqüenciamento gênico
do cromossomo 2111 revelou pouco conteúdo informacional,
com apenas 225 genes (127 conhecidos, 98 preditivos e 19
pseudogenes), o que pode explicar a maior sobrevida e adaptação
de portadores.” (p.95)

“Pueschel & Scola22 investigaram as percepções parentais
das interações sociais, incluindo o interesse no sexo oposto,
a função sexual e a educação sexual de jovens com SD. Concluíram
que mais da metade do grupo estudado mostrava interesse
no sexo oposto; poucos indivíduos tiveram educação
sexual, e, entre os jovens, a masturbação era praticada por
40% dos homens e por 22% das mulheres. Os autores também
observaram que a metade dos pais de jovens com SD acreditava
que os filhos deveriam ser esterilizados ou ter alguma
forma de controle de natalidade, caso tivessem possibilidade
de reprodução.” (p.96)

“Elkins et al26 relatam história de casal com SD e descrevem o
relacionamento como sendo bem-sucedido em termos da privacidade
e da autonomia do casal. Nos casos apresentados por
Brown,25 os casais tinham vida independente, com emprego ou
recebendo pensão do governo, o que pode ter facilitado a manutenção
dos vínculos. No Brasil, embora sendo comuns casos
de namoros, não há conhecimento de união entre pessoas
com a síndrome.” (p.96)

“De acordo com diversos estudos, Glat26 observa que, mesmo
estudando em classes regulares, a maioria das crianças e dos
jovens com deficiências continua segregada socialmente em
suas comunidades, e, muitas vezes, seus relacionamentos pessoais
são limitados à família, aos profissionais e a outras pessoas
portadoras da mesma deficiência.” (p.96)

“No desenvolvimento da pessoa com síndrome de Down, a
puberdade e a maturação sexual ocorrem de forma comparável
às de pessoas da população geral, em termos de idade e regularidade
das menstruações, como revelado no estudo de
Goldstein27 realizado com 15 adolescentes, probandas portadoras
da SD e controles sem essa síndrome. O trabalho refere idade média da menarca em 13,6 anos para as probandas e em13,5 para controles, duração de sangramento de 5,5 dias nas
probandas e de 5,4 no grupo-controle e duração média do ciclo
de 28,3 dias para as probandas em relação ao período de 28,6
dias para os controles. Os problemas ginecológicos mais comuns
nas mulheres com SD são os cuidados na higiene menstrual
e os sintomas pré-menstruais” (p.96/97)

“Bovicelli et al30 também referem que, do ponto de vista
genético, mulheres com trissomia 21 podem produzir gametas
euplóides, 23,X e aneuplóides 24,X+21, resultando em
metade da descendência normal e metade trissômica. Entretanto,
a partir dos casos descritos por esses autores, a proporção
de descendência com SD é de 30%, havendo, portanto,
um risco empírico mais baixo de recorrência do distúrbio.
A maior chance de procriação em mulheres do que em homens
SD pode estar relacionada não apenas a eventuais disfunções
sexuais mais freqüentes no sexo masculino, mas também
a diferenças no desenvolvimento emocional e no comportamento
sexual.”(p.98)